Inteiramente entregue a esse momento, não somos tão óbvios, mas não precisava fingir que não o desejava, seria pueril e bem maçante, somente um beijo nunca repetido várias vezes, são cláusulas resolvidas pelo desejo que nos incendeia. Eu estou a um passo da entrega, o roçar, os beijos, as mordidas necessárias na auréola dos seios, tudo que permita esse momento ser nosso.
Ele está “metendo”, por cima da calcinha, ele agora me provoca com as sensações que o deixaram boquiaberto, meus seios estão sendo admirados, ele fala coisas desconexas, aperto-os, esfrega a cara pertinentemente, arfo, rebolo, tudo é luxúria, sofreguidão, imediatista insanos, as bocas estão em um balé de sabores e chupadas sem fim, a mão na minha cintura, dois dedos no cós da calcinha e a ruptura acontece, os olhos famintos saboreiam o que enxergam, a boca baba e num piscar de olhos, estava sendo preenchida com a língua ávida e macia, que compartilhava livremente o gosto do sexo sujo e prazeroso.
As mãos agressivas apertam meus seios e as investidas entre minhas pernas fazem o nosso balé íntimo, quente e melado é a maior atração, não entendo nenhuma palavra do que é dito, só emito gemidos altos, escandalosos, enquanto a língua penetra dentro de mim como se fosse meu senhorio, as pernas tremem, não suporto mais a delícia do ápice, mas o descontrole por ser fodida me refaz a meretriz que sou inteiramente necessitada desse agora, refazendo a mulher pronta para ser servida.
Enquanto minhas mãos passeiam pelo seus cabelos, em um ato desesperado do prazer, ele levanta a cabeça, passa a língua nos lábios, abaixa a sunga, fazendo presente seu pau rígido e babado.
– Vou meter nessa boceta, como se fosse meu último ato.
Rio do que ele fala.
Sinto a glande esfregando minha entrada, seguro minhas pernas, ele olha sacanamente com os olhos desejosos e o corpo trêmulo, estamos no ápice distraindo os corpos, fazer desse momento histórico, único ou repetitivo.
– Que buceta apertada, porra, canalha gostosa…. Isabelle, você é minha perdição.
Grito, ele rasga minha carne, como se fosse a primeira vez, as entocadas fazem arder , corpo por cima do corpo, as pernas em v, os braços por baixo do meu corpo, é o encontro dos sexos, as bocas se unem, lambem a cara, mordiscadas ali ou acolá e as sensações de posse são unificadas.
– Minha Deusa.
Passo a mão pelo seu corpo, ele geme alto, fico louca pela sua entrega, isso aqui não termina tão cedo, somos um do outro, o suor da pele, as entocadas sem parar, a cada entrada e saída é uma boca sensação… O ajudo rebolando também, ele geme alto, me chama, pede mais, mesmo por baixo, cavalgo no seu pau, cacete, sou levada a gemer também, ele fica parado sentindo meu corpo comandar, e em uma sintonia os dois mexem juntos, os olhos falam.
– Mete mais forte.
Ele não ouve.
Está em transe, rasgo sua pele nas costas, foi o sinal, as metidas fazem barulho, o encanto dos sons fazem-no perceber que somos viscerais, estamos loucos, ensandecidos… Meu corpo estremece, o gozo está vindo, ele olha, eu arfo, ele sacaneia com uma rebolada dentro de mim, depois tira o pau da minha buceta, eu imploro, ele rir, esfrega por cima da vulva, desliza a mão sobre meu corpo, somos loucos.
Os dedos entram ávidos, eu arfo novamente, ele bate, escoro no meu braço, começo a brincar com meus dedos, o faço xingar….. Enquanto os dedos estão dentro de mim, os meus mexem com a minha buceta, aliso, bato por cima, ela está ensopada, ele chupa meus dedos, com os olhos abertos, não quer perder nenhum movimento, aliso seu pau, sou xingada, se aproxima da minha boca, os dedos não cansam, abocanho meu pau castigador, ele xinga alto, a boca começa a conhecer o território, aliso suas bolas, ele abre as pernas, passa por cima de mim e começamos um meia nove. Ele é descaradamente pervertido, seu pau está todo dentro da minha boca, minha buceta mais uma vez ensopa, mela, escorrega, chupo seu pau com gosto de mim, vulneráveis estamos.
– Quero você por cima de mim.
Mas antes, os dedos são o meu maior prazer e minha boca o enlouquece.
Gozo.
Ele rir safadamente.
Me puxa pra cima dele, encostado no sofá, estamos no chão que está molhado com nosso suor… Seu pau está rígido, esperando minha sentada, dou uma chupadinha de leve, ele puxa meu cabelo, xinga, e soca bem rápido na minha boca.
Nos beijamos.
Sento devagarinho, um dos seios está sendo mamado, a pele rasga, um frisson indescritível, ele tomba meus desejos, meu corpo, sabe penetrar, chupar, apertar, deslizo apertando sua cara entre meus seios, os tapas certos na minha bunda, que tesão.
– Não quero sair daqui.
– Não saia.
Os movimentos bruscos e lentos ordenam o nosso prazer, puxões de cabelos, beijos quentes, mãos tateando o corpo em busca de algo novo, os gemidos, a pele arrepiada, o suor compartilhado, sons desconhecidos, palavras nunca ditas, a sofreguidão dos impactos, gritos, arfos, contrações nunca feitas, a necessidade visceral um do outro, as promessas do querer mais, os apertos, as mordidas, os tapas, tudo digno de um estado único e egoísta de ambos.
– Deusa.
Rebolo com mais rapidez, ele finca os dedos na cintura, ajudando no ritmo, observo seu olhar, devorando-me a cada mexida, palavras inaudíveis, a boca aberta, a garganta seca, a boca na boca, em meios de mini choros, a carne treme, as entocadas ficam mais fortes, o vejo delirar, mordisca os lábios, só ouve o barulho da pele com pele, grito, ameaço a gozar.
– Deusa, gozaremos juntos.
Fico de cócoras, segurando pelo pescoço, ele grita, elogia minha buceta, o barulho do sexo é alto, corpo a corpos duelando a quem ceder primeiro, mas a disputa é igualitária, percebemos nosso luta se perdendo, quando ambos gemem, estremecem e esmorecemos juntos.
Insano.
– Estou extasiado, deusa.
Aliso seu corpo admirando o que acabará de acontecer, dois loucos, inalcançáveis aos meus olhos, unidos como uma briga externa, os olhos não mentem, não somos um do outro, mas o sexo é de verdade, fui tão eu que estou com medo, ele nos deita no chão, joga a blusa por cima do meu corpo nu, me abraça, arfa, beija minha testa, sinto como se fosse uma despedida, o seu aconchego fica sufocante, ele me toma como uma criança que perdeu algo que gostasse, suas mãos alisando minha rosto procurando outra pessoa, não sou eu, o olhar dele mudou, esfriou, algo mexeu com ele… Será que foi arrependimento, vai negar esse momento?
Ele levanta, começa a se arrumar, fico ali olhando a cena sem dizer uma palavra, ele não me olha mais, sinto um medo inexplicável, mas não de ser usada e sim de reviver o que o passado deixou, ele se xinga, sai pela porta sem olhar para atrás e eu ali mesmo no chão, me viro e percebo que o sono é a minha única companhia.
Carla Isabelle