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CINEMA

Há séculos que eu e meu digníssimo esposo não saímos, ele sempre anda ocupado, cheio de preocupações e como uma esposa do lar dedicada, cuido somente da casa. Não tivemos filhos, meu marido me culpa, mas eu sei que a culpa não é minha, eu sinto o fervor dos meus hormônios explodindo de vontade de engravidar, mas como não discuto sobre o assunto.

Minha amiga Furacão, me aconselha a me divorciar, ela esbraveja comigo, quando vê meu esposo na esbórnia e eu sempre em casa, não sei se estou correta, mas não quero me expor, sei lá, ando cansada, e tento agir de acordo com os meus princípios.

– Coloque uma roupa bem comportada, vamos ao cinema.

Chega me deu uma euforia inesperada, quiçá a noite esquenta as vontades e hoje ele me faça mulher. Coloquei um vestido sem calcinha, estava pronta para ser dele, nem perguntei qual filme iremos assistir, estou na expectativa de ser fodida.

Entramos no cinema e  passava um clássico de terror, meu digníssimo, ficou distante de mim, ele atento ao filme. Bufo de decepção, a vontade era sentir dedos necessitados da minha carne que está melada e cheia de tesão. Houve um momento de luxúria no filme, mas não vi seus olhos me procurando, até busquei suas mãos, mas nada.

Viro tão tediosa, que sinto uma mão grande, apertando minhas coxas, não olho para ver quem é, tampouco quero chamar atenção, como uma mulher em busca de ser fodida. Abro minhas pernas, sinto o calor quente da boca mordendo meu ombro.

– Que buceta deliciosa! Olho para o lado, mas o marido realmente esqueceu de mim, os dedos do desconhecido e as mordidas, fazem eu arfar em silêncio. Com meu atrevimento toco por cima da sua calça, sinto seu cacete duro, não meu faço de rogada, abro o zíper e aliso aquele mastro, que faz-me aguar a boca, ele geme bem baixinho, sinto dois dedos metendo com gosto. O vestido tem vários tecidos.

– Seu marido é um babaca.

– Eu sei.

Ao perceber que estava quase gozando meu algoz do cinema, levanta e faz sinal para segui-lo. Estou cega de desejo e o sigo. Ele fica sentado na última fileira e me põe de costas sentada em cima dele, sinto o rasgar da carne, meu corpo vai por cima dele, ele brinca com clitóris e mete, sou tombada por um prazer jamais descrito, palavras de elogios e xingamentos são ditos suavemente ao pé do ouvido.

As metidas brutas fazem eu gemer alto, mais quase impossível ser ouvida, o terror da tela é gritante.

– Vira de frente puta.

Obedeço que nem cachorro atrás do osso. Vejo um homem de pele morena, lábios enormes… com suas mãos grandes abre meu vestido, põe meus seios para fora e os devoram como se fossem brigadeiros, rebolo constante naquele pau, ele chupa, mete e eu gemo, gemo, gemo.

– Vou gozar.

Ele segura fortemente minha cintura e sinto meu corpo esmorecer.

Em questões de segundo, a luz do cinema acende e quando olhei não o vi mais.

– Onde estava? Saio do meu devaneio.

– No banheiro.

– Depois reclama que não a levo a lugar nenhum, perdeu um clássico do terror.

Ele me puxa reclamando e meus olhos procurando o meu algoz, estou tão em êxtase que não ouço as babaquices do meu esposo.

– Essa é minha esposa, chefe.

Quando ouço a voz:

– Senhora.

Minha buceta aplaude e meu corpo acende as chamas de minutos adormecidos.

 

Autora: Carla Isabelle

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