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Desejo Proibido

– Cala a boca, porra.

Eu tento me desvencilhar, mas sinto seu pau penetrando por trás, eu finjo não ceder.

As suas mãos manipulam o meu corpo da forma errônea e deliciosamente excitante, somente o pau dentro da minha bunda, o peso do corpo, as lágrimas caem de tesão, a boceta melada, os gemidos ecoam, ele rir, fala que meu corpo é dele.

Mais uma vez percebo que estou no fundo do poço… Ele gargalha, zomba da minha fraqueza, esse sexo sujo, pesado, violento, que estimula minhas gozadas. A tremedeira é assistida com gritos de vitória.

– E só comecei agora.

E como uma ventania meu vestido é lascado, o sutiã não sei onde está, a calcinha de lado, os dedos na sofreguidão dos lábios melados, lisos e arrepiados, metidas intensas. Com a cabeça enterrada no chão, o pé na minha face, uma perna aberta até o ombro, o pau e os dedos dilacerando meus buracos, tudo é uma cena para o espetáculo do meu algoz, o meu corpo emana prazer, desejo e quando recomeço a tremer, ouço.

– Minha cadela.

A audição aguça ao extremo, retraio e o corpo zomba da minha falta de amor próprio, gemo alto, peço metidas fortes, ele vibra, o pau não saiu da bunda, sinto tapas ardentes na boceta que está inundada, ele mete os dedos na boca, bate e mete, os gemidos ficam quase inaudíveis, rebolo desengonçada, minhas mãos conseguem tocar no abdômen, ouço seu xingamento, “cadela” as frases ficam desconexas, as metidas ficam ardentes, os dois gemem, sou abruptamente virada de frente.

– Quero gozar na minha boceta.

Tento protestar, mas o desejo fala mais auto.

E sou calada com um beijo e a penetração sem piedade, tudo quente, apertado. Ouço elogios insanos, o comando de sua voz enaltece a puta sem amor que sou, eu sou uma cadela, uma puta rampeira, pois é, ele que manda aqui, no sexo ele sabe que meu corpo o pertence.

Minhas pernas estão entrelaçadas em sua cintura, as metidas são aceitas com as mãos dadas e as bocas duelando-se.

– Essa boceta é minha.

Tremo, gemo, arfo… Tudo em segundos.

Enquanto o caldo quente do seu pau inunda minha boceta, não consigo expressar mais nada, os dois ficam grudados um ao outro, os corpos não se desgrudam, os olhos distantes.

Não existe amor, é algo visceral, pecaminoso, ele comprometido com a vida e eu com meu casamento e não sinto culpa. Com ele sempre é o momento, seja no carro, na rua, na casa alheia, no banheiro alheio e agora em uma casa abandonada, perto de um jardim, como dois bandidos, loucos, cometendo um crime por nunca tentar se amar.

 

Autora: Carla Isabelle

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